O Plano Operacional de Sustentabilidade operacionaliza a política de sustentabilidade da empresa, integrando as ações a realizar em cada ano civil, nas três vertentes da sustentabilidade, com particular destaque para as áreas ambiental e social.
A APDL tem assumido um papel motor e dinamizador junto de todos os agentes económicos que atuam na atividade portuária por forma a assegurar a sustentabilidade das suas unidades de negócio também em termos ambientais. Sobre toda a atividade e processos de trabalho têm-se atuado de forma articulada com os stakeholders estratégicos e implementado diversas ações de monitorização e mitigação, sintetizadas nos planos operacionais de sustentabilidade da empresa.
Destacamos algumas iniciativas neste domínio:
Medidas implementadas na operação de movimentação de cargas
Com o objetivo de minimizar os impactes relacionados com a produção de poeiras e ruído, a APDL tem os seguintes procedimentos implementados:
- Aspersão regular com água doce das mercadorias suscetíveis de emitir poeiras e que é possível molhar (cargas como os agroalimentares ou os pelletes, dada a sua natureza, não são passíveis de ser regadas);
- Limpeza diária dos terraplenos e das vias rodoviárias do porto;
- Controlo da altura da pá das gruas durante a descarga de mercadorias;
- Barreira de contenção da estilha com uma barreira de contentores reforçada, que permite delimitar a área de depósito;
- "Para-vento", estrutura de metal e tela destinados a impedir a propagação de poeiras.
- Manto geotêxtil para a cobertura da estilha e vidro, que permite impedir a propagação de poeiras e odores;
- Circunscrição da movimentação de algumas cargas aos limites da barreira de contentores.
Qualidade do ar
Sistema de monitorização em contínua de partículas na área portuária
Apesar das inúmeras variáveis incontroláveis, a empresa tem feito um esforço de investimento na monitorização contínua da qualidade do ar. Atualmente existem no Porto de Leixões duas estações que permitem a monitorização permanente (365 dias/ano, 24H/dia) da emissão de partículas resultantes das várias atividades portuárias. Estas estações incluem ainda sistemas de monitorização da pluviosidade e direção e velocidade do vento, permitindo a visualização de dados em tempo real e a definição de limites.
Quando os valores sobem acima dos limites fixados, a empresa tenta identificar o foco e definir medidas de mitigação. Os resultados da monitorização contínua são integrados em relatórios mensais sobre qualidade do ar e ruído no porto de Leixões, elaborados por uma entidade externa à APDL.
Participação no projeto AIRSHIP - "Impact of maritime transport and harbour emissions on the air quality of Portugal: present and future scenarios"
Desenvolvido pela Universidade de Aveiro, este projeto consiste em estimar as emissões em cenário presente e futuro (alterações climáticas) e o seu impacto na qualidade do ar ao nível urbano e local, através do inventário das emissões do porto de Leixões e calcular as emissões para novos projetos que venham a ser implementados no porto.
Sistema de monitorização de ruído
No Porto de Leixões existe um sistema de medição de ruído em contínuo, 24h/365 dias ano, composto por três estações de medição, que permite analisar as fontes emissoras mais ruidosas, de forma a serem implementadas medidas eficazes de minimização ou de correção dos impactes na movimentação das mercadorias, em tempo real.
Paínel de controlo da segurança na área portuária com a visualização do sistema de medição de ruído em tempo real
Apostar na transição energética para uma navegação sustentável
Construir soluções em terra para apoiar os navios
A construção de alternativas ao combustível fóssil para o transporte marítimo é um dos grandes desafios da transição energética. A este nível, no Porto de Leixões, a APDL apostou no fornecimento de energia elétrica a navios da Marinha e aos rebocadores contratados pela Petrogal. Este fornecimento está disponível em alguns cais de atracação, onde foram instalados ramais de alimentação de energia elétrica a partir de terra (até 250A, 380V), o que permite a redução das emissões, porque evita a queima do combustível próprio e, também, a diminuição do ruído.
Promover a eficiência energética nos espaços no Porto
Outra das grandes prioridades da APDL, no âmbito da transição energética, é a implementação do Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE), do qual decorre a implementação de um plano de racionalização de energia elétrica devidamente registado na Direção de Energia, que incluiu auditoria energética aos edifícios administrativos e certificação energética nas três unidades de negócio (Leixões, Viana do Castelo e Régua).
No âmbito deste plano, a empresa tem investido na poupança de energia na iluminação pública, primeiramente através da diminuição de fluxos e posteriormente investindo na remodelação dos sistemas de iluminação de vários espaços públicos, com a instalação de armaduras LED para redução do consumo de energia e de emissões.
Assegurar a qualidade da água
A manutenção da qualidade do meio hídrico da zona portuária e costeira e o respeito da biodiversidade marinha são aspetos muito relevantes na nossa atividade, pelo que adotamos uma política de prevenção de acidentes, nomeadamente dos derrames no meio hídrico, dispondo de um vasto conjunto de equipamentos para combate aos eventuais derrames que possam acontecer.
Aquisição de um nivelador de fundos
As dragagens são necessárias para garantir a manutenção da profundidade das águas, assegurando condições de navegabilidade nos canais dos portos em segurança trazendo, no entanto, alguns impactos na qualidade das águas, nomeadamente pela dispersão de sedimentos na água e aumentando a sua turvação.
Para minimizar este impacto a empresa tem um nivelador de fundos, que permite que os sedimentos em vez de serem dragados ou retirados dos fundos do porto, sejam nivelados, passando o material depositado para as zonas mais fundas. Este procedimento evita a dispersão de sedimentos na água e a turbidez que as dragas usualmente criam no meio aquático e evita também a necessidade de descarregar os sedimentos em mar alto mar.
Adicionalmente a empresa realiza, de forma sistemática e contínua, campanhas de recolha, análise e classificação de sedimentos no leito marítimo nos portos de Leixões e Viana do Castelo
Medidas de otimização do consumo de água
Desenvolvemos nos últimos anos medidas que visaram uma melhoria da gestão da rede de abastecimento de água e melhoria da qualidade da água abastecida para consumo, entre as quais se destacam:
- Instalação de um sistema de telemetria que permite um melhor controlo da utilização da água no porto de Leixões, permite ainda a deteção de eventuais fugas de uma forma célere, através do controlo online dos consumos de toda a rede de abastecimento. Estando previsto para 2018 a instalação deste sistema no porto de Viana do Castelo;
- Sistema de rega com programação automática na zona ajardinada, nas três unidades;
- Instalação de torneiras com temporizadores nas instalações sanitárias da empresa;
- Elaboração de relatórios trimestrais de controlo dos consumos;
- Melhorias da instalação física da rede de abastecimento;
- Plano de controlo da qualidade da água para consumo.
Gestão dos resíduos
Comprometemo-nos com o aumento das taxas de separação de resíduos e encaminhamento para destino adequado, com especial destaque para a reutilização e reciclagem dos materiais, contribuindo assim para a diminuição da contaminação dos solos. A variedade de fontes e tipos de resíduos da área portuária exigem uma gestão constante e atenta, mais uma vez focada no envolvimento de todos os parceiros.
Nos portos de Viana do Castelo e de Leixões está implementado um plano de receção e gestão de resíduos que regula a instalação e a utilização dos meios portuários de receção de resíduos gerados em navios, e de resíduos da carga provenientes de navios, bem como de embarcações de pesca e de recreio.
Na Via Navegável do Douro, e pela diferenciação do tipo de resíduos decorrentes da atividade turística, está em curso a implementação de um plano desta natureza com investimento em vários cais de modo a encaminhar os resíduos das embarcações para empresas de tratamento devidamente licenciadas.
Guia de Boas Práticas para um Consumo Sustentável
Este documento reúne algumas boas práticas a implementar no nosso quotidiano, quer na empresa quer em casa, para a valorização dos resíduos que produzimos e para a racionalização do consumo de energia elétrica e de água.